Instituições de Ensino:
Apresentação do Curso
Segundo as projeções atuais, a produção de alimentos precisa de crescer 60% até 2050 para alimentar toda a população do planeta. Esta necessidade permanente está a promover grandes mudanças no setor da produção agrícola e alimentar no mundo. O desafio é, pois, produzir mais com menos, uma vez que os recursos são cada vez mais escassos e os impactos são cada vez mais elevados.
Desta forma, o princípio filosófico da Agricultura de Precisão faz cada vez mais sentido:
-Tratar diferente aquilo que é diferente, utilizando para tais tecnologias estáveis, aferidas e calibradas por forma a aumentar a eficiência dos processos agronómicos, económicos, ambientais e sociais.
-A partir de sensores remotos (satélites) e próximos (geoelétricos); de equipamentos inteligentes que logram gerir taxas variáveis (VRT) na aplicação de fatores de produção; da internet das coisas (IoT), do machine learning e de outras técnicas de inteligência artificial já se gere atualmente as relações solo-água-planta.
O ato agronómico está a transformar-se radicalmente e cada vez mais assente em dois tipos de inteligência, a humana e a artificial, por forma a ser possível gerir grandes quantidades de informação em tempo quase real, para uma decisão oportuna e cada vez com menores riscos. Em associação, a Universidade de Évora (ECT) e a Universidade Nova (FCT), com base na longa experiência e produtividade científica que detêm neste âmbito, oferecem aos alunos deste mestrado experiências pedagógicas inesquecíveis, bem como uma preparação ímpar na gestão de processos e de tecnologias em Agricultura de Precisão com vista aos cumprimentos dos novos desafios europeus no âmbito do: i) “Green Deal”; ii) “Farm to Fork”; e iii) Nova PAC.
Saídas Profissionais
Num âmbito mais lato, há a possibilidade de trabalharem como gestores de tecnologia em Agricultura de Precisão. Num âmbito mais restrito, poderão do ponto de vista profissional: desenvolver levantamentos geoelectricos em empresas que estudam a variabilidade espacial do solo, bem como o estudo inteligente da variabilidade espacial dos seus nutrientes; elaborar mapas de aplicação variável (VRT) de nutrientes e outros fatores de produção, nomeadamente fertilizantes e sementes; operar distintos tipos de GNSS, seja para georreferenciação de parcelas, amostragens de solo, plantas e outros; operar distintas máquinas e equipamentos agrícolas, nomeadamente na gestão diferenciada de fatores de produção; desenvolver trabalhos ao nível dos sensores remotos, nomeadamente no processamento de imagens de satélite com aplicações agronómicas; desenvolver trabalhos ao nível dos sensores próximos, nomeadamente na monitorização de parâmetros de gestão (quantidade e qualidade) das culturas; desenvolver trabalhos ao nível do processamento de grandes volumes de dados, utilizando para tal linguagens de programação apropriadas; instalar sensores IoT, bem como gerir a aquisição de grandes volumes de informação; trabalhar com técnicas de inteligência artificial e manuseamento de grandes volumes de dados; desenvolver estudos económicos na implementação de novas tecnologias; desenvolver investigação aplicada no âmbito da Agricultura de Precisão.