Instituições de Ensino:
Objetivos do Curso
Como deve suceder com um programa deste nível de formação, o doutoramento em Política Internacional e Resolução de Conflitos (PIRC) tem como objetivos genéricos a profissionalização qualificada e a autonomia de investigação dos/as estudantes. Em termos específicos, o PIRC está estruturado de modo a propiciar a formação de competências avançadas de leitura da política internacional contemporânea, com um particular ênfase no estudo das dinâmicas de conflitualidade e de paz internacionais, seja do ponto de vista das causas e sinais de emergência de conflitos, seja do ponto de vista dos instrumentos teóricos e técnicos de resolução de conflitos, procurando, pois, combinar as agendas de investigação dos conflict studies e dos peace studies. Daí a opção por um programa que combina valências de formação técnica com valências de enquadramento teórico da conflitualidade e paz internacionais, tendo em vista a compreensão e a transformação positiva dos conflitos.
Objetivos da Aprendizagem e Competências a Desenvolver
O PIRC visa, acima de tudo, proporcionar a aquisição de competências indispensáveis àquele que constitui o patamar mais avançado e exigente de formação universitária. Entre elas destacamos: o domínio cognitivo, abrangente e detalhado, de uma determinada área científica; a compreensão aprofundada e sistemática de uma área de especialização; a sofisticação metodológica na concepção, elaboração e realização do trabalho de investigação, respeitando as exigências impostas pelos padrões de qualidade e integridade académicas; a
capacidade de análise crítica e avaliação de propostas teóricas novas e de realidades complexas; e a aptidão para a construção e defesa de uma argumentação consistente e original. Com esse objetivo em vista, o PIRC procura, em concreto, formar competências específicas de elevada solidez e sofisticação em Estudos sobre Paz e Conflitos.
Estas competências específicas são de três tipos:
- a) Cognitivas: conhecimento aprofundado da evolução da conflitualidade internacional; domínio dos principais debates contemporâneos nesta matéria; identificação e análise de zonas de tensão e conflito; reflexão crítica a partir das diferentes teorias da paz e da segurança; conhecimento das técnicas e estratégias de abordagem e de transformação pacíficas dos conflitos internacionais;
- b) Sociais: capacidade de aplicação prática dos conhecimentos adquiridos em matéria de prevenção, transformação e resolução de conflitos, negociação internacional e reconstrução pós-bélica, designadamente em ambientes institucionais complexos e de incerteza; aptidão para planificar e realizar trabalho de terreno envolvendo estes instrumentos de análise;
- c) Éticas: capacidade de enquadrar estes conhecimentos e estes instrumentos numa leitura normativa da realidade internacional. A organização deste plano de estudos corresponde claramente à ambição de atingir estes objectivos. Isso espelha-se, desde logo, na sua estrutura curricular: as unidades curriculares de Prevenção e Gestão de Conflitos, Resolução de Crises e Reconstrução Pós-Conflito, Construções Teóricas da Paz, Geopolítica da Paz e dos Conflitos, Perspectivas Contemporâneas em Estudos para a Paz e Novas Tendências em Política Internacional e Resolução de Conflitos dão corpo a essa exigência de formação cognitiva, social e ética nesta área. Dão conta de um assinalável sucesso no cumprimento destes objetivos o nível de qualidade dos trabalhos realizados para cada uc e a sua publicação pelo CES e a muito frequente apresentação de comunicações a conferências nacionais e internacionais (o que evidencia boa receptividade por um público com um elevado padrão de exigência nesta área científica).
Saídas Profissionais
Os/As doutorados/as em Política Internacional e Resolução de Conflitos possuem habilitações avançadas para o exercício de funções múltiplas e diversas na área das relações internacionais, em geral, e sobre temáticas de paz e conflitos, em particular, nomeadamente em organizações internacionais, em órgãos de Estado (carreira diplomática), em departamentos e gabinetes de relações internacionais de organismos públicos e organizações não-governamentais, em meios de comunicação social, e em instituições de ensino e investigação.